• O sexo e as “nêgas”: Identidade da mulher negra deformada!
  • Amor (Por Gustavo Melo)
  • FELICIDADE... AH, FELICIDADE !
  • A fragmentação educacional e a desvalorização do educador

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ser belo e eternamente jovem: um massacre medieval ou uma volta aos ideais helênicos?





Desde o período clássico da civilização grega, a ideia de ser belo foi difundida e arraigada como método de padronizar a beleza externa associando-se então a beleza ao idealismo, a perfeição e a harmonia das formas. Visto que o belo não é uma característica da sociedade moderna, tais protótipos fazem parte da essência humana. Quantas vezes por dia pensamos em algo relacionado à aparência? Quantas vezes por dia o país é bombardeados com métodos intervencionistas às imagens corporais? Essa constante busca para atender às expectativas externas, interferem indubitavelmente no âmbito mundial.

A imagem acima retrata uma manifestação feita por mulheres misses plus size em frente ao Congresso Nacional em Brasília, Distrito Federal, vítimas de preconceito. Preconceito esse, intitulado pelas mesmas de “gordofobia”. São elas: Camila Bueno de 19 anos, Flávia Gomes de 29 e Evelize Nascimento de 25. Um projeto idealizado por Janaína Graciele (à direta da imagem), com objetivos de melhorar a autoestima de mulheres que estão acima do peso.

Pessoas independente de gêneros sexuais, buscam assiduamente técnicas de intervenções cirúrgicas, para adequarem-se em algum padrão social. Com corpos esculpidos por bisturis, tornam-se reféns de uma indústria que alimenta bilhões. Visto que a sociedade criou e legitimou tais padrões, a beleza tornou-se pré-requisito para a socialização. Nessa dura opressão, mulheres de diversos países do mundo desconstroem um método de vida própria de sua personalidade para se adequarem aos estereótipos, recorrendo à desconfortáveis e dolorosas situações em clínicas estéticas.  Quando nesse momento, esquecem de que o bem estar e a felicidade não está ligada intrinsecamente com alguns dígitos na balança.

No mundo há uma grande preocupação na forma de lidar com esses problemas, que paulatinamente conduz à deterioração física e psíquica do ser. O grande escritor britânico do século XIX, Oscar Wilde com seu épico romance filosófico intitulado de O Retrato De Dorian Gray, retrata como seres fadados à infelicidade ou a cometer atos inconsequentes são capazes de qualquer coisas para manter o belo. “Eu irei ficar velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele nunca serei mais idoso do que nesse dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!” Seja um padrão europeu, asiático, ocidental ou brasileiro, leva-nos a acreditar em corpos utópicos, longe de qualquer realidade apresentada pela humanidade.

Os meios midiáticos exercem papel decisivo nos ideais corporais. Sabendo que a indústria visa o lucro obtido por tais imposições, investindo pesado nas propagandas de TV, outdoors, entre tantas outras maneiras de investimentos publicitários. Não é de se espantar que o número de academias e clínicas estéticas, crescem de forma exponencial no país. Infelizmente, diminuem absurdamente a autoconfiança, a felicidade e o bem estar pessoal.

Houve um período em que as mulheres mais voluptuosas eram bem vistas na sociedade. A renascença, período no qual as mulheres mais largas e cheias eram as musas, pois levavam consigo a boa fertilidade, segundo a cultura da época. Cuidados? Claro! Cuidar-se tem a ver com práticas saudáveis, algo que seja prazeroso, e não por imposições. É pelas serotoninas e pelas endorfinas e não pelos produtos sociais. A beleza é uma consequência do bem estar interior, pois o espelho deve ser um aliado e não um inimigo.

Portanto, imposições sociais, preconceitos, protótipos supostamente perfeitos, entre quaisquer outros métodos devem ser execrados em prol de uma sociedade onde a liberdade esteja sempre em prioridades. Que cidadãos de todo mundo unam-se independente das diferenças culturais para quebrar todos os paradigmas que ousem agredir a integridade pessoal das pessoas.

Deixo dois vídeos ao qual tive interesse de retratar nesse texto. 






quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O sexo e as “nêgas”: Identidade da mulher negra deformada!

 

A série do famoso cineasta Miguel Falabella intitulada de “O sexo e as nêgas”, que irá ser transmitida na TV em horário nobre, anda sendo fortemente criticada em âmbito nacional. Isso porque inúmeros paradigmas concernentes à dura trajetória vivida por mulheres negras ainda são estereotipadas vulgarmente, o que faz alusão à perpetuação da banalização da herança afrodescendente. Enquanto isso, milhares de mulheres de cunho afrodescendente no país questionam-se: Por que não falar de mulheres negras bem sucedidas? Será que só podemos ser representadas dessa forma para está na mídia? Bem, questões como essas são importantes para uma reflexão a respeito da ideologia midiática.

A imagem pejorativa da mulher negra ainda é infelizmente desprezada o que retrocede aos períodos escravistas no qual escravas eram produtos sexuais de seus senhores. Surgindo assim, as mais variadas expressões taxadas de “inocentes” como: “morena da cor do pecado”, “mulher negra fogosa”, entre tantas outras que utilizam de antecedentes históricos para justificar atos segregacionistas como esse. Esse histórico não difere do contexto atual, no qual há uma desconstrução a dignidade e respeito da mulher, que por sua vez, sofrem execrações silenciosas em meio à sociedade.

Ainda há que argumente o motivo pelo qual tais programas são transmitidos. Usando de contestação o destaque da negritude na TV. Retornando a pergunta que foi feita anteriormente: Será que só podemos se representadas dessa forma para está na mídia? Não! O que motiva a mídia a programas satíricos como esse, é ganhar de certa forma com a submissão e a depreciação das tais. Difícil mesmo é acreditar que com altos índices de violência sexual ainda existente. É possível observar a apologia sexual capaz de influenciar de certo modo, jovens de pouca instrução cultural. Tantos séculos já passados e infelizmente o direito que deveria ser garantido é ridicularizado em esfera nacional.

Mulheres essas tão importantes que assumem uma posição matriarcal na família, e muito além, adotam altos postos sociais e trabalhistas. Mulheres de dura trajetória histórica, que ainda sofrem com as impunidades de cunho racial e lutam em prol de um verdadeiro destaque social, onde a exploração e banalização da mulher negra seja de fato dizimadas.




terça-feira, 26 de agosto de 2014

Amor (Por Gustavo Melo)


Sim, não é de agora que ele existe e quem é que pode explicar? As palavras são tão desproporcionais a essa reação tão matura, tão complexa. 
Aparentemente ele está ali, em qualquer loja a se comprar por um bom preço ou nem tanto, tanto perto, tanto palpável mas... é possível mesmo rotulá-lo descartável?
Se um tal de Vaz diz: "É um não querer mais que bem querer;" onde eu fico nesse paradoxo? 
É... Não sei mesmo, e pra que tentar querer entender?
Se o que bem sei é que quando chegar, que chegue, sem pressa, sem demora.
E é lá, nas Escrituras Sagradas, aprendo como ele deve ser, uma entrega, uma renúncia... Pra que despertar antes que o queira?
Sim, não é de agora que ele existe e quem é que pode explicar?
Amor.



Gustavo Melo

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

FELICIDADE... AH, FELICIDADE !



Ser feliz, é estar bem consigo mesma, é ser livre, saber perdoar, amar ao próximo sem pudor, cuidar do oposto. Ser feliz também é aprender com os erros. Sorrir, sorrir exacerbadamente, mesmo que pareça ser ridículo aos olhos de outrem. É compreender as diferenças, e ainda sim respeitá-las.  Gritar, viver, sonhar, correr, amar.

A intensidade de como se vive determina o grau de felicidade que se tem durante a vida. Além disso, a idade é apenas um número. Incrível mesmo, é passar pelos obstáculos, cair, levantar sorrindo, e posteriormente, ajudar com carinho a outros que assim como você, precisar ser feliz. Nessa incansável, imprevisível e incrível vida, o que importa é ser feliz. 

A fragmentação educacional e a desvalorização do educador





Num país onde a educação é fragilizada e a aprendizagem da população fica cada vez mais preocupante, é importante observar a dura realidade que compõe o âmbito escolar. Os baixos salários, a violência e a desvalorização, fazem parte da vida de um educador que por sua vez, deveria ser exaltado como herói da pátria.

A educação e desenvolvimento social têm ligações importantes, pois o crescimento de um país se dá através da formação ética e científica. À medida que o conhecimento e os valores sociais são atribuídos aos educandos, os tantos outros problemas encontrados no país serão eliminados. Um belo exemplo, é encontrado em países desenvolvidos como Japão, Finlândia, Canadá e entre tantos outros que são bons investidores da educação e que apontam bons resultados economicamente. Provando então, a eficácia desse investimento.

O educador, um profissional valioso, obtentor de conhecimento e métodos importantes para a formação dos alunos e, consequentemente, da sociedade, ainda é infelizmente desumanizado, humilhado e desvalorizado. Sofrem penosamente com problemas salariais, desestimulando assim, o tão árduo trabalho. A violência nas escolas também é bastante preocupante, pois comprometem a integridade do profissional que fica à mercê da insegurança física e psíquica.

Ainda há quem culpe os profissionais da educação como os principais vilões das alarmantes deficiências, No entanto, os educadores muitas vezes, além de professores, são também aqueles que oferecem uma educação doméstica que muitos alunos não recebem qualitativamente em suas residências.

Por isso, deve haver uma relação recíproca entre pais, alunos e professores, para que de fato exista uma qualidade na educação. Além de uma nova revolução que poderia ser usada pelos órgãos públicos, atribuindo novos métodos de ensino e estimulando o reconhecimento dos importantes educadores para a formação de um país exemplar.



Thaís de Souza
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